Pernilongo comum não transmite Zika

Os pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgam novo estudo que conclui: mosquito comum não transmite o vírus da zika. Trata-se de um dado tranquilizador para futuras mamães, população em geral e profissionais da saúde.

O estudo foi realizado no Rio de Janeiro. Três outras pesquisas feitas nos Estados Unidos, na Itália e na França, realizadas nas últimas semanas, chegaram a mesma conclusão, de que apenas os mosquitos Aedes aegypti (que têm pernas rajadas de branco) transmitem o vírus.

Cientistas de todo o mundo continuam investigando as combinações de tipos de mosquitos com o vírus da zika para verificar outros possíveis transmissores.

O Jornal Nacional publicou matéria que fala sobre a recente descoberta, que pode ser conferida em: http://bit.ly/pesquisazika.

 

A doença

Até pouco tempo não se dava muito importância ao chamado zika vírus, descoberto nos anos 40 em Uganda, na África. Mas, com o aumento dos casos no Brasil, desde 2014, a doença ganhou destaque nos noticiários.

Fato é que, apesar de ser amplamente divulgada para estimular a prevenção, ainda se sabe pouco sobre a doença e quais as reais chances de complicações.

Muitos estudos ainda estão sendo feitos, principalmente sobre outras formas de transmissão do zika vírus e em relação às gestantes, devido a suposta relação da doença com a microcefalia.

 

Zika e a Gravidez

Muito se fala sobre a relação entre zika vírus e a gravidez, mas, na verdade, a comunidade científica ainda não garante, com 100% de certeza, que os casos de microcefalia estão ligados à doença.

A pesquisadora do Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, doutora Tânia Saad, divulgou que a microcefalia tem causas multifatoriais e por isso não pode ser atribuída somente ao zika vírus.

Vários vírus, avaliando de uma forma geral, podem causar microcefalia. “O que a gente mais conhece é o vírus da rubéola, um dos mais antigos e que a gente já tem campanhas para evitá-lo, como a vacinação. O citomegalovírus, que parece uma gripe para a mãe, também pode ser causa de microcefalia. O herpes vírus, a toxoplasmose, alguns estágios da sífilis, menos frequentemente, mas além desses quadros que são infecciosos, você também pode ter alterações do metabolismo do bebê, causando isso”, disse a pesquisadora ao Blog da Saúde.

A médica, especialista no assunto, deixa claro que todo o foco dado para a relação entre microcefalia e zika é um sensacionalismo, por não darem tanta divulgação sobre as outras possibilidades – o que seria adequado para estimular a prevenção.

Segundo a Fiocruz, não são todas mulheres que contraíram zika vírus, durante a gravidez, que tiveram bebês afetados. Essa imformação mostra apenas uma possível relação com a microcefalia, mas ainda não há estudos prontos sobre o assunto, por ser um fenômeno recente.

 

Formas de Proteção

Até o momento, não existe vacina contra a doença. Portanto, evitar a contaminação é fundamental e algumas atitudes simples previnem o contágio:

– Uso constante de repelentes nas áreas expostas do corpo, como os membros.

– Eliminar água parada e focos do mosquito.

– Usar preferencialmente roupas claras como blusas e calças longas.

– Evitar viajar para locais de surto da doença.

 

Principais Sintomas

O zika é uma das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que pode causar também a dengue e a chikungunya. Os principais sintomas do zika vírus são manchas pelo corpo, coceira, febre e conjuntivite, além de dor nas articulações.

Outros sintomas, mais raros, incluem a febre baixa, conjuntivite, dor de cabeça, dor muscular, inchaço e dor nas articulações e aparecimento de gânglios. A doença pode levar até 12 dias para se manifestar após a picada. Os sintomas costumam ir embora sozinhos depois de 2 a 7 dias, e, na maioria dos casos, são mais brandos que os da dengue.

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